Kaffir, um termo que vem da palavra árabe kafir, que originalmente significava "não crente" ou "infiel", foi utilizado pela primeira vez pelos muçulmanos de língua árabe para se referirem ao povo negro politeísta da África Central e do Sul e do Sul da Índia. Passou a designar algumas línguas europeias os povos locais dessas zonas e, por extensão, tudo o que vinha da África do Sul, do sul da Índia e do Sri Lanka.
A palavra tem sido utilizada nos nomes vernáculos de vários frutos comestíveis associados a estas regiões: maçã kaffir (Dovyalis caffra), ameixa kaffir (Harpephyllum caffrum), ambas da África do Sul, e limão kaffir (Citrus hystrix), devido ao facto de esta fruta cítrica ser comummente cultivada no Sri Lanka.
Nas últimas décadas, a palavra Cafre, na África do Sul, tem sido cada vez mais percebida como um insulto étnico, e a sua utilização para menosprezar as pessoas negras naquele país é hoje considerada politicamente incorrecta. Embora nos nomes dos frutos o termo tenha apenas um significado geográfico, e apesar de, no caso do limão Kaffir, se referir ao Sri Lanka e não a África, alguns pediram também a sua proibição e substituição por sinónimos, defendendo, por exemplo, o uso de "Lima Tailandesa" ou "Makrut" como nome substituto do limão Kaffir.
No entanto, "Kaffir lime"continua a ser a palavra inglesa mais comummente utilizada para denominar o fruto do Citrus hystrix.